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Historias de criança



Ao entrar no universo infantil, o adulto fascina a criança. Elas adoram ouvir histórias. Ficam na expectativa de saber se a princesa de cabelos dourados vai fugir da torre. Torcem pelos irmãos que enfrentam a bruxa malvada. Envolvem-se e encantam-se. Os pais deveriam ler sempre para os filhos. "É um momento especial" A criança depara com os adultos falando com voz diferente, um brilho alterado no olhar, movimentos ou expressões faciais incomuns. A mudança no comportamento dos pais fascina os pequenos. "A comunicação e a relação com os filhos fica mais estreita"O resultado desse momento tão particular não poderia ser diferente: a hora do conto se eterniza na memória.


Entonação

Nada é mais entediante para uma criança do que uma leitura monótona. A voz dramatiza a história. "Dá mais colorido" Mas cuidado para não exagerar, levando a criança a duvidar da "veracidade" da sua história com aquele "Ah, não foi assim, mamãe..."



Ler ou contar

Tanto faz. Os enredos improvisados de sucesso têm os filhos como personagens. Mas a leitura é também uma ótima ferramenta. Cria no filho a idéia de que as histórias moram nos livros.



Cenário

Não é preciso muita elaboração para criar cenas. Um simples lápis que se transforma em vara de condão ou um lenço que vira uma capa mágica são capazes de encantar a criança.



Não tem hora

Se quiser, estabeleça um momento do dia para a história, como antes de dormir. Mas não há regras. "Não tenho uma hora específica.


Com vontade

Não obrigue a criança a ouvir histórias quando ela não quer. Muito menos se obrigue a contar quando não está com vontade. "Tem dias que estou cansada e não conto. E a criança também sente quando a gente lê por obrigação"


Tintim por tintim

Tente não mudar o enredo das histórias. Crianças pequenas pedem que se repita várias vezes a mesma história. Esperam determinadas partes só para confirmar que as ouviram antes. É assim que também vão compreendendo melhor o conto.



Criando clima

Depois de um dia inteiro fora de casa, não vá direto contando histórias. Converse com seu filho. Esgote as ansiedades infantis. Brinque com ele para entrar no clima e se desprender das preocupações.



No meio do caminho

Prepare-se para interrupções. Explique o que for necessário e siga em frente". Nada mais gostoso que curiosidade de criança e você pode estimular mais devolvendo as perguntas a seu filho.





Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina gostava de usar chapéus e capas desta cor.

Um dia, sua mãe pediu:

- Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à casa dela?
- Claro, mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!

- Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem passa por lá.

- Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!

E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as borboletas, saindo do caminho do rio, sem perceber.

Cantando e juntando flores, Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...
Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Levou um susto quando ouviu:

- Onde vai, linda menina?

- Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?

O lobo respondeu:

- Sou um anjo da floresta, e estou aqui para preteger criancinhas como você.

- Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos, e também disse que tem um lobo mau andando por aqui.

- Que nada - respondeu o lobo - pode seguir tranqüila, que vou na frente retirando todo perigo que houver no caminho. Sempre ajuda conversar com o anjo da floresta.

- Muito obrigada, seu anjo. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.

E o lobo respondeu:

- Este será nosso segredo para sempre...

E saiu correndo na frente, rindo e pensando:
(Aquela idiota não sabe de nada: vou jantar a vovozinha dela e ter a netinha de sobremesa ... Uhmmm! Que delícia!)

Chegando à casa da vovó, Chapeuzinho bateu na porta:

- Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!

- Pode entrar, minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.

A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E falando com aquela voz tão estranha...

Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da vovó, os óculos da vovó, a colcha e a cama da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.

- Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que fique boa logo, vovó, e volte a ter sua voz de sempre.

- Obridada, minha netinha (disse o lobo, disfarçando a voz de trovão).

Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:

- Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?

- É prá te olhar melhor, minha netinha.

- Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?

- É prá te cheirar melhor, minha netinha.

- Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?

- São para te acariciar melhor, minha netinha.

(A essa altura, o lobo já estava achando a brincadeira sem graça, querendo comer logo sua sobremesa. Aquela menina não parava de perguntar...)

- Mas, vovó, por que essa boca tão grande?

- Quer mesmo saber? É prá te comer!!!!

- Uai! Socorro! É o lobo!

A menina saiu correndo e gritando, com o lobo correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo pegar.

Por sorte, um grupo de caçadores ia passando por ali bem na hora, e seus gritos chamaram sua atenção.

Ouviu-se um tiro, e o lobo caiu no chão, a um palmo da menina.

Todos já iam comemorar, quando Chapeuzinho falou:

- Acho que o lobo devorou minha avozinha.

- Não se desespere, pequenina. Alguns lobos desta espécie engolem seu jantar inteirinho, sem ao menos mastigar. Acho que estou vendo movimento em sua barriga, vamos ver...

Com um enorme facão, o caçador abriu a barriga do lobo de cima abaixo, e de lá tirou a vovó inteirinha, vivinha.

- Viva! Vovó!

E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a vovó, que já não se lembrava mais de estar doente, caiu na farra."O lobo mau já morreu. Agora tudo tem festa: posso caçar borboletas, posso brincar na floresta."
Fim

Branca de Neve

ra uma vez...

em um reino muito distante, num dia muito frio, uma bela rainha estava sentada perto da janela, bordando um lençol de nenê. Sem querer, ela espetou o dedo na agulha e caíram três gotas de sangue. Então a rainha olhou para fora e fez um pedido:

- Quero ter uma filha de pele branca como a neve que está caindo, cabelos pretos como a madeira desta janela e boca vermelha como o sangue que saiu do meu dedo.

Alguns meses depois, a rainha deu à luz uma menina do jeitinho que tinha pedido. E resolveu chamá-la de Branca de Neve. Dia e noite ela ficava do lado da filha, cuidando dela com muito amor e carinho.

Mas a rainha morreu antes de criar a filha como queria.

O rei chorou durante meses, até que conheceu uma princesa lindíssima e se casou com ela. A princesa só tinha beleza, porque o resto nela era só vaidade, orgulho e malvadeza. O dia todo ficava na frente do espelho, perguntando:
- Espelho, espelho meu, existe no mundo mulher mais bonita do que eu?E o espelho, que era mágico, dizia:

- Não, rainha, você é a mais linda.

Enquanto a rainha conversava com o espelho, Branca de Neve crescia bonita como ela só, era de uma formosura que não tinha igual no planeta inteiro. Tanto assim que um dia a rainha ouviu do espelho uma resposta que não esperava:

- Sim, existe outra muito mais bonita que você.

- E quem é essa atrevida? - perguntou ela.- Branca de Neve!

Desde então a rainha que era má, começou ameaçá-la.
Branca de Neve com medo foi se refugiar na floresta, na casa dos sete anões.

Foi muito bem aceita pelos anões, pois ela cozinhava, lavava e passava para os sete anõezinhos. Todos eram feizes naquela casa.Todos os dias como de costume os anões saíam para trabalhar e deixava Branca de Neve cuidando da casa Enquanto isso a rainha preparava um plano mirabolante, transforma-se na bruxa mais horripilante e má. . .

De repente surpreendentemente aparece na janela uma velhinha pedindo água à Branca de Neve. Ela muito boa recebe a velha e esta em agradecimento oferece à Branca de Neve uma maçã, e pede a ela que dê uma mordida e faça um pedido.

Mal sabia ela que aquela velha era a rainha, sua madrasta,aplicando-lhe o golpe fatal.

Infelizmente Branca de Neve não resistiu e caiu no sono da morte.

O anões chegaram logo após, mas não conseguiram impedir que mordesse a maçã, mas conseguiram finalmente acabar com a bruxa, perseguiram-na até que despencou de um penhasco, morrendo em seguida.

A tristeza toma conta dos anõezinhos

Quando de repente um jovem aproxima-se de Branca de Neve, naquele sono profundo e lhe dá um beijo apaixonado.

Imediatamente Branca de Neve desperta do sono da morte e vai embora com seu príncipe, agradecendo aos anões por tudo que fizeram por ela.





Lindissima



Rapunsel



Era um dia muito lindo, o sol redondo no céu, parecia estar sorrindo, menos para Rapunzel. Os passarinhos cantavam, abelhas colhiam mel, felizes todos estavam, todos, menos Rapunzel. Quem era? Não disse ainda? Esqueci-me com certeza! Rapunzel era a mais linda das moças da redondeza. Pele rosada, fresquinha, olhar meigo das crianças! A cabeleira lourinha, formava compridas tranças. Mas era triste o seu rosto e seu cantar mais ainda. Pois revelava um desgosto, nessa canção muito linda:

- Vivo triste, nessa torre, onde a bruxa me prendeu! Todo mundo, vive alegre, todo mundo menos eu, vivo triste nessa torre, onde a bruxa me trancou, esperando, esperando, por quem nunca mais voltou!Eu continuo esperando, o príncipe da floresta, que ao longe vi cavalgando, num lindo dia de festa. E acho que me avistou, nessa torre onde estou presa. Porém, nunca mais voltou. Eu vivo nesta incerteza.
O príncipe realmente vira a moça na janela, e estava precisamente tentando falar com ela:

- Em meu cavalo ligeiro, pregado encima da cela, eu procuro o dia inteiro, a moça que vi na janela, naquela torre comprida, sem porta, sem escada, sem entrada nem saída, sem saída nem entrada.

- Agora estou me lembrando, é a torre da bruxa má! E já foram me avisando, ninguém se atreva a ir lá!

- Mas o que é isso! Passarinhos, em volta do meu chapéu e cantando afinadinhos, a canção que vem do céu!

Príncipe! Príncipe! Siga o rio para o norte! Príncipe! Príncipe! Você vai ter muita sorte! Príncipe! Príncipe! Vai ligeiro em seu corcel!Príncipe! Príncipe! O nome dela é Rapunzel!

- Obrigado, passarinhos! Estou rindo de contente. Como é bom ter amiguinhos, que queiram ajudar a gente!

Assim, andou mais um dia, sempre no caminho certo. Até que ouviu com alegria, uma voz cantando perto.

" Vivo triste, nessa torre, onde a bruxa me prendeu! Todo mundo, vive alegre, todo mundo menos eu . . .

- A torre, ali, a janela, é Rapunzel certamente! Poderei falar com ela, encontrei-a finalmente!
Mas logo se escondeu, ao ver a bruxa malvada, que ali apareceu, cantando desafinada:

" Rapunzel! Rapunzel! Joga suas louras tranças! Sem demora, sem demora, que eu vou subir agora!"

- É uma verdadeira escada de fios de ouro tecida, que vai do chão à sacada, facilitando a subida. Pela tranças, realmente, lá vai a bruxa magrela, muito vagarosamente subindo até a janela.

- Rapunzel, trouxe maçãs, leite pão e alguns docinhos. virei todas as manhãs. Não dê nada aos passarinhos, eles andam espalhando por aí, o que não devem e estão me atrapalhando. Pra teus amigos, não servem. Jogue as tranças novamente, que eu agora vou descer. Sejas boa e paciente, eu volto ao amanhecer.- Pronto, a bruxa já desceu. Vou esperá-la sumir.

E agora, lá vou eu! Rapunzel, há de me ouvir!" Rapunzel! Rapunzel! Joga as tuas louras tranças! Sem demora, sem demora, que eu vou subir agora!

- Essa voz! Ó que alegria! O príncipe me encontrou. Não disse? Naquele dia, ele bem que me avistou!

As tranças, já podes vir! Mas como ele vem ligeiro! A bruxa para subir, leva quase um dia inteiro! Já sei porque demoraste, eram tantos os caminhos, mas afinal me encontraste e graças aos passarinhos.- É verdade e o que importa é cumprir o que jurei. Deste castelo sem porta, logo te libertarei.

- Mas como, a bruxa malvada fica de olho, lá fora. Quando está desconfiada, vem aqui a toda hora.

- Não faz mal, amanhã cedo, depois do cantar do galo eu volto. Não tenhas medo. Iremos no meu cavalo.Dizendo isto, desceu pelas tranças. E do chão soprou-lhe o beijo que deu na palma da própria mão. Mas Rapunzel estava certa, meia hora se passava e a velha bruxa esperta, desconfiada voltava.

- Estou sentindo algo estranho e diferente no ar. Com minhas unhas te arranho, se quiseres me enganar. Que estás rindo agora? - Por acaso faço graça? Antes que me vá embora logo, conta logo o que se passa!- É que tu demoras tanto, sobe tão devagarzinho e o príncipe, no entanto, faz isso num instantinho! - Ó, que fiz, que desastrada, contei tudo pra megera. Essa bruxa desalmada, agora vai virar fera.

- Ah, então era isso, o príncipe da floresta! Pois vai ver o meu feitiço! Que desaforo, ora esta! Tuas tranças, vou cortá-las com tesourão de jardim! - Não precisas mais usá-las.É o princípio do teu fim! E largo-te no deserto, onde, o sol te queimará e o teu príncipe por certo, jamais te descobrirá!

Desceu da torre com ela, pelas tranças que amarrou, com um nó bem forte à janela, logo depois que as cortou. E aos empurrões foi levando Rapunzel, até deixá-la chorando, sem ninguém para ajudá-la.
Voltarei à torre agora, subo e recolho as tranças e o castigo não demora, me pagam essas crianças.
E Rapunzel, ah, que sorte! Assim que se acalmou, seu coração bateu forte; Teve uma idéia, cantou!Passarinhos, amiguinhos! Onde estão pra me ajudar! Tenho fome, tenho sede, já não posso caminhar. Passarinhos, amiguinhos, para onde devo ir, estou perdida no deserto, já não posso resistir.Estamos todos aqui, voando no azul do céu, quem te viu, foi bemtevi e nos trouxe Rapunzel! Bem perto existe um riacho, vamos te conduzir, juntinhos voando baixo para a sombra, te cobrir!

- Que bom lugar, sorte a minha! Tem sombra, frutas, que amor! Aqui viverei sozinha, mas não morro de calor.
No outro dia, pontualmente, enquanto o galo cantava, o príncipe inocente, ao pé da torre chegava.

" Rapunzel! Rapunzel! Joga as tuas louras tranças! Sem demora, sem demora, que eu vou subir agora!

- Ah! Estão bem amarrados, aí vão, pode subir, estou rindo às gargalhadas, do susto que vai sentir. Lá vem ele o pobre louco que queria me enganar, vou soltar meu grito rouco...

Caiu! De pernas para ar!- Ó! Meu Deus, eu não vejo nada! Fiquei cego! Foi feitiço, foi essa bruxa malvada, que por vingança fez isso!E sete dias andou, sem ter um destino certo. Até que a sorte o levou, para os lados do deserto. Foi quando escutou distante, uma voz familiar, que o deixou radiante, só de ouvi-la cantar!

" Vivo triste no deserto, onde a bruxa me deixou, sete dias, sete noites e ninguém me encontrou, vivo triste no deserto, mas não deixo de cantar! Pois o príncipe, por certo ao me ouvir vem me buscar!

- Rapunzel, aonde é que estás?

- Estou aqui, na tua frente! Estás cego, não me vês mais? Foi a bruxa certamente!

De cansaço, desmaiando, o príncipe foi ao chão e debruçada chorando, Rapunzel tomou-lhe a mão. Suas lágrimas caíram sobre seus olhos fechados que logo, logo se abriram, completamente curados!

É um milagre com certeza, do teu amor que é tão belo. Serás a minha princesa, rainha do meu castelo.
Levou-a dali, casaram e vieram muitas crianças e as menininhas usaram, é claro, compridas tranças!- E a bruxa!

A bruxa viram gritando, debruçada na janela e os passarinhos levando, as tranças pra longe dela! Sua malvadeza, a bruxa má e cruel, lá na torre vive presa, sem as tranças de Rapunzel!





Sininho




" Pequenina, de asas graciosas e quase transparentes como todas as fadas, esvoaçando sobre os campos de flores. Seria o seu vestido, amarelo como os girassóis? Seriam os sapatinhos de verniz, a imitar as conchas do mar?

Chamava-se Nyota… e nascera muito longe dali, num continente quente e povoado de grandes florestas, lagos e desertos, e animais tão estranhos que ela não voltara a encontrar iguais, em mais parte alguma.Nem na terra do Nunca.

E aquele dia, na terra do Nunca, ia ser um dia... muito especial; Peter Pan, o eterno menino vestido de verde, como príncipe dos bosques e senhor das terras do arco-iris... ia anunciar o seu noivado.

Ninguém ignorava que Sininho sempre fora a fada de Peter Pan – a história descrevera-a assim, eternamente apaixonada pelo irrequieto menino que se recusava a crescer. Mas o que não estava escrito na história.. e que quase ninguém sabia... era o amor que Peter Pan e Nyota nutriam um pelo outro, desde que se haviam visto pela primeira vez, numa tarde de verão.

Nyota era divertida, uma óptima contadora de histórias... e sempre que podiam, desapareciam os dois rumo ao alto dos bosques. E ali, no silêncio dos pássaros e no murmúrio dos ventos... Nyota contava-lhe histórias de uma terra distante, em que os meninos rodeavam dançavam à volta de fogueiras, caçavam animais de cores bizarras e saltavam de árvore em árvore, pendurados dos ramos.

Peter Pan bebia-lhe o olhar, cheio de imagens, imaginando-se a ele próprio naquela terra estranha e longínqua, onde todos os meninos tinham uma cor de pele tão diferente da sua... e que Nyota descrevia como sendo tão bela como a terra do Nunca.

- Mas não há nenhuma terra mais bela que a terra do Nunca... – protestava Peter Pan, sempre que ela lhe tocava no assunto. – não pode haver...
- Mas é claro que há... e prometo-te que um dia... ainda te levarei lá...

E assim ela ali permanecia, inebriada por um simples olhar, enquanto ele adormecia, à sombra dos plátanos, sonhando com oásis de palmeiras no meio de desertos, tempestades de areia e longas pradarias de ervas altas e manadas de animais estranhos, a perder de vista...

Quando Peter Pan entrou na sala, as fadas interromperam a ladainha de sussuros. No silêncio frio do mármore, o único ruido provinha das botas de Peter, dirigindo-se ligeiro até a um dos extremos do grande salão. Sem cerimónia, saltou para cima de uma das mesas, distribuindo aquele seu olhar atrevido em redor.
Discretamente, Sininho aproximou-se também do local – queria estar bem ao seu lado, mal ele pronunciasse o seu nome.

- Meus amigos... como todos sabeis... está escrito que Peter Pan irá escolher uma fada da terra do Nunca... para juntos ajudarmos a cuidar de todos os habitantes ...

Fez uma longa pausa, enquanto dirigia o olhar para Sininho, ali bem perto de si.

- ... E todos vós já me conheceis há tanto tempo... e conheceis tão bem como eu a história da terra do Nunca, não é verdade? – e esticou o braço em direcção a Sininho - ... queres vir aqui fazer-me companhia... Sininho?

Palmas, muitas palmas, ainda mais suspiros.
No outro extremo do salão, um lamento passou quase despercebido.
Nyota, as mãos a tapar os olhos, saiu de mansinho para o jardim.
Peter Pan, do alto da mesa que lhe servira de tribuna, conseguia vê-la.

- Sininho... dás-me só um segundo, por favor? tenho só que ir ali falar com uma pessoa... é só um segundo...
A fada Sininho fez-lhe uma vénia irónica, com um sorriso de felicidade.
- Claro que sim, meu príncipe... claro que sim... mas não te demores...

Peter Pan apressou o passo, distribuindo sorrisos, beijos e abraços. Precisava de alcançar a porta do jardim.

- Nyota! Nyota!
Correu para ela.
- Nyota... espera, por favor...
Ela abriu a porta exterior do jardim. Quando se voltou, uma lágrima brilhante deslizava-lhe pelo rosto.
- O que queres, Peter?
- Nyota... meu amor... por favor, tens que compreender... estava escrito...
- Eu não sou o teu amor, Peter...
- Mas, Nyota... estava escrito... eu tenho que escolher a Sininho...
- Julguei que me amavas, Peter...
- E amo, Nyota, mais que tudo... mas que mais podia eu fazer? Está escrito ... na minha história... que eu tenho que escolher a Sininho... não posso evitá-lo...
Nyota olhou-o nos olhos e lá no fundo sentiu-se de novo a criança desprotegida, ansiando por um abraço, por uma palavra meiga.

- Eu também te adoro, Peter Pan... e isso não está escrito em nenhuma história, sabes? E se tu gostasses realmente de mim...
- Nyota, mas eu não posso...
- Peter... sabes porque não podes ?
- ...
- Não podes porque... até aqui não consegues deixar de ser ... uma criança...
- Nyota...
- Não, Peter... eu sei de tudo o que me vais dizer, mas... hoje e aqui... eu precisava que tu crescesses... nem que fosse só um pouquinho... que tivesses desafiado a história que escreveram para ti ... e me escolhesses...

Abriu o portão e seguiu em frente, o vestido amarelo como os girassóis a brilhar na noite escura. Desejava ardentemente que ele a chamasse.
Bastaria que a chamasse uma única vez... e ela voltaria a correr para os seus braços.

Mas sabia perfeitamente que tal nunca iria acontecer..."











Tradição do Coelhinho da Páscoa foi trazida para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e o início do século XVIII.
No Antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antigüidade consideravam o coelho como o símbolo da Lua, portanto, é possível que ele tenha se tornado símbolo pascoal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa. O certo é que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução, e geram grandes ninhadas, e a Páscoa marca a ressurreição, vida nova, tanto entre os judeus quanto entre os cristãos.



Existe também a lenda de que uma mulher pobre coloriu alguns ovos de galinha e os escondeu, para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram os ovos, um coelho passou correndo. Espalhou-se, então, a história de que o coelho é que havia trazido os ovos.



A Páscoa entre os cristãos

Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo (quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior al equinócio da Primavera (21 de março).

Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém.




A brincadeira mais tradicional não pode ser esquecida, é a procura dos ovos. Mas não tem graça simplesmente esconder, o legal é decorar a casa para a brincadeira. Coloque no chão pegadas do coelho que podem ser feitas de papel ou até de talco para parecer mais real. É possível também fazer cenouras, por exemplo de cartolina colorida e espalhar pela casa. Use também coelhinhos de pelúcia ou papel. Imagina a alegria da criançada ao acordar no domingo e ver todo o cenário montado?

E para quem está mesmo disposto a brincar com a criançada, dá para começar a decorar com elas. Para estimular a fantasia, uma boa dica é preparar com as crianças, na véspera do domingo, armadilhas para o coelho. Espalhe cenouras de verdade, por exemplo, em alguns lugares da casa ao lado de potes com farinha ou talco, para que ele possa "ser pego". Depois que a criançada estiver na cama, morda (ou simule mordidas) as cenouras e faça as marcas para caracterizar a visita de um coelho durante a noite.

Se você tem várias crianças na família, é possível fazer brincadeiras mais elaboradas, ou então, se as crianças são poucas vale colocar os adultos para participar. Por exemplo, coloque pequenos ovos de chocolate dentro de algumas cestas e faça equipes de crianças. Quem contar os ovos mais rapidamente ganha o prêmio que deve ter a ver com a data.

Algumas brincadeiras podem ganhar versões para a Páscoa. Por exemplo "o rabo do coelho". Desenhe em uma cartolina um coelho gigante e fixe na parede. Desenhe depois, separadamente, o rabo do coelho e coloque uma fita adesiva na ponta. Um participante vendado deve colocar o rabo no lugar certo, tudo isso com todo mundo dado palpites e brincando.


Já a brincadeira "Pulo de Coelho" exige bastante espaço. Faça uma marca com giz no chão e separe a turma em equipes. Depois do "já", todos terão que saltar, como um coelhinho, até a marca de chegada. O representante da equipe que chegar primeiro, vencerá.















 
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